SETOR DE ENDOCRINOLOGIA


Como funcionam as dietas?

Dr. Geraldo Santana – Endocrinologista


Embora existam vários tipos de dieta para emagrecer, de uma forma geral, elas podem ser divididas em dois grupos: dietas de redução de calorias ou dietas de restrição de carboidratos. Cada tipo de dieta usa uma via metabólica diferente para alcançar o emagrecimento. A história clínica, as preferências alimentares, os exames laboratoriais e o tipo de metabolismo irão orientar qual o tipo de dieta mais indicado para cada pessoa. Independentemente do tipo da dieta, o objetivo a médio e longo prazo é sempre uma reeducação alimentar para hábitos nutricionais mais saudáveis que possam sustentar o novo peso alcançado.


As dietas de redução de calorias, também chamadas de hipocalóricas, partem do princípio de que se ingerirmos menos calorias do que necessitamos, nosso organismo irá utilizar as calorias estocadas na forma de gordura e assim começará a emagrecer. Neste tipo de dieta, pode se comer de tudo desde que em quantidade controlada com o objetivo de criar um balanço energético negativo. Para que possamos mensurar estas duas variáveis – necessidade do corpo e consumo calórico – dois recursos podem ser muito úteis para orientar o profissional e o paciente: o exame de calorimetria indireta e o diário de calorias preenchido pelo paciente. A calorimetria indireta mede a taxa metabólica de repouso, compara com quanto seria esperado para cada pessoa considerando peso, altura, sexo e idade e mostra se o metabolismo é lento, normal ou acelerado. O diário de calorias, baseado em uma tabela e nos rótulos dos alimentos, nos traz o grau de adequação da dieta à quantidade de calorias propostas. Em poucas semanas, naturalmente a pessoa se habitua com o novo padrão alimentar e pode, aos poucos, se desligar da contagem matemática das calorias. Uma das vantagens desta dieta é que excessos eventuais de calorias podem ser compensados com dias mais controlados mantendo um equilíbrio na média de consumo semanal.


Por outro lado, dietas com restrição de carboidratos promovem o emagrecimento porque, na ausência de carboidratos, ocorre uma redução significativa da produção de insulina impedindo a formação de gordura. Sem carboidratos, o organismo aprende a usar rapidamente os estoques de gordura para a produção da glicose necessária às funções vitais. Desta forma, o que mais importa não são as calorias dos alimentos, mas sim, a quantidade de carboidratos em cada alimento. Para alcançar este estado de redução drástica da produção de insulina, também chamada de cetose benigna, devem ser suspensos os alimentos com alto teor de carboidratos de absorção rápida como pães, açúcar, arroz, leite, doces, farináceos, etc. Com o passar das semanas, carboidratos vão sendo lenta e gradativamente reinseridos a fim de se diversificar a dieta e evitar a monotonia. Neste tipo de dieta, principalmente na fase inicial, é necessária muito disciplina pois deslizes com alimentos não permitidos podem comprometer vários dias de uma dieta bem feita. As vantagens desta dieta são a quantidade livre de alimentos permididos e a redução natural do apetite proporcionado pela cetose.


Embora as dietas sejam diferentes entre si, alguns princípios podem ser usados em ambas para potencializar os resultados. Quando se opta pela dieta hipocalórica também é recomendável se evitar o excesso de carboidratos de absorção rápida pois o excesso de insulina prejudica o emagrecimento. Da mesma forma, na dieta de restrição de carboidratos, o ideal é tentar restringir os alimentos muito calóricos considerando que com a reintrodução gradativa de carboidratos este tipo de alimento deverá ser evitado. Ou seja, a médio prazo e sobretudo na fase de manutenção, ambas tendem a convergir para uma dieta variada, com redução de carboidratos simples, quantidade moderada de calorias, preferência para vegetais, frutas, carnes e laticínios magros. Sempre que possível, devem ser incluídos na dieta alimentos funcionais de acordo com as particularidades clínicas de cada pessoa.


A escolha do tipo de dieta é, portanto, uma decisão clínica que depende de diversos fatores e deve ser feita com orientação profissional para avaliação periódica dos resultados e aplicação dos ajustes necessários para cada fase do tratamento.




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